ERA UMA VEZ...
Quatro funcionários públicos chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém. Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria. Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém zangou-se porque era um trabalho Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria.
No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito. Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um quinto funcionário para evitar todos estes problemas...
Marmequer Bicicreta
Na Conservatória do Registo Civil um angolano residente em Portugal quer registar o seu filho recém-nascido:
-Bô dia! Eu quer registrar meu minino que nasceu otem.
-Muito bem. O seu filho nasceu ontem, é do sexo masculino... e qual é o nome?
-Marmequer Bicicreta.
-Desculpe! Quer chamar ao seu filho Malmequer Bicicleta?
-É.-Desculpe, mas não posso aceitar esse nome.
-Não pode, porque tu é racista! Si meu minino fosse branco, tu punha.
-Não tem nada a ver com racismo. Esse não é um nome admitido em Portugal.
-Tu é racista. Si meu minino fosse branco, tu punha esse nome a ele. Tu não põe, porque meu minino é preto.
-Já lhe disse que não tem nada a ver com racismo. Malmequer Bicicleta não é nome de gente.
-Ai não! Então porque é que tu tem uma branca chamada Rosa Mota?